já que viemos incompletas, capadas, destituídas
olhando para eles com espanto, inveja e resignação
no hay mujer
quando montamos no selim da bicicleta
no colo de um tio
na cela, num galho
um vão livre, abismo para encaixes múltiplos
no hay mujer
se nos tampamos e destampamos
com ampolas de algodão de cordõezinhos azuis
que jamais devem escapar pelo biquini
no hay mujer
que se vasculham com os dedos
cabos e chuveirinhos melancólicos
no hay mujer
diante de um pau qualquer
nem acompanhada, admirada
declamada, ou possuída
com ou sem banda,
só hay mujer só
* portuñol cretino + memórias de mulholland drive e do livro 'patu a mulher abismada', de ana lucia lutterbach holck
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