se um palhaço de rua escolhe o quarteirão da Joaquim pra tentar arrancar graça assoando o nariz na flanela, hoje é sexta-feira/ tira no chapéu o último troco, um paulista deixou escapar meio sorriso porque é sexta/ cai a tarde, refresca o peito jovem do palhaço e ele apaga junto da grade o branco malvado do rosto/ assim pode montar na bicicleta e descer ladeira sem assustar nem derrubar um motoboy bem hoje, que é sexta/ mira agora seu retrato no espelhinho de borda alaranjada e cobre aí esse peito jovem com a camisa do Che/ é o fim da santa semana, já é sexta/ compra um doce de amendoim na mão do menino e rasga dois dedos de prosa sobre truques de esquina ou moedas que pagam sorrisos/ sorriso de quem avança sobre os quadrados do calendário e na sexta avista miragem de amarelinha
Um comentário:
Maria,
Hoje é sexta aqui no Palhaço das Artes. Feriado amanhã!
Obrigado pela visita por lá. Muito agradecido!
Maltratas mi corazón.
Bj
Postar um comentário