Um dia quente de verão que começa com japoneses agonizando em um vagão de trem e segue com tipos como um casal de lésbicas que teoriza sobre futebol, uma mulher apavorada por pombos num apartamento e bêbados cercados de frascos de perfume. Primeiro longa filmado num único plano-sequência no Brasil, Ainda Orangotangos, de Gustavo Spolidoro, ronda 15 personagens que se distribuem por um perímetro de 15 quilômetros do centro de Porto Alegre.
O convite é o de se tornar cúmplice, quase voyeur, da câmera contínua que acompanha as 14 horas fictícias de movimentação dessas figuras, ao som de rock gaúcho. Do roteiro, baseado no livro de contos homônimo de Paulo Scott, até a técnica – foram feitos apenas dois ensaios gerais antes da gravação -, o filme de um take é idéia bem-realizada a ser consumida numa dentada só.
* colaboração para o Guia do Estadão
Um comentário:
foda mt foda esse né?
só fiquei com pregui da parte do perfume
é bom sempre visitar seu bloguito dona maria
bjs, vrum´
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