quando um rosto de mulher inventa-se rosto de mãe, com bochechas-almofadas pra receber os beijos um pouco melados que os filhos dão. encostando o corpo todo na fortaleza da mãe, pra não caírem nunca. agarram em qualquer alça desse corpo com mãos em miniatura, pra aguentar os trancos do metrô.
quando uma mãe-bochecha começa a perder os nacos de história de seus meninos porque já anestesiou-se no posto de mãe. perde a descoberta do mais velho, que achou uma pintinha em cada perna da caçula. uma morando do lado de fora da coxa direita, a outra, do lado de dentro da esquerda:
- se você cruzar as pernas, viram dois olhinhos!
Um comentário:
que bonito, maria.
:)
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