quarta-feira, novembro 05, 2003

Formigas I

“Quem mata formiga não sabe o que faz”
Assinado: O grilo falante

Ao contrário de muita gente, não gosto de ler quando vou ao banheiro, não tenho essa mania de “livro de banheiro”, acho péssima a idéia de fazer da tarefa uma diversão, encaro como coisa inevitável e trabalho para que tome o mínimo de tempo possível.

Minha distração é a movimentação das microformigas que habitam meu toilete. As pequenininhas me convenceram de sua candura quando notei a cumplicidade que cultivam entre si. Não importa o quão apressadas estejam, sempre param e encostam delicadamente as cabeças umas nas outras. Penso que se trata de um beijinho ou de uma saudação-formiga.

É sempre adorável assisti-las em suas filas indianas parando para o cumprimento singelo e traçando certeiras seus caminhos pelos azulejos azuis.

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